terça-feira, 17 de março de 2009

Túmulos de D. Inês e de D. Pedro

Os túmulos de D. Pedro I e de D. Inês de Castro encontram-se no Mosteiro de Alcobaça. São duas obras da escultura gótica em Portugal, cuja construção se situa entre 1358 e 1367


Túmulo de D. Inês


Inês de Castro está representada com a expressão tranquila, rodeada por anjos e coroada de rainha.

Os temas representados no túmulo são: nos frontais, a Infância de Cristo e a Paixão de Cristo e, nos faciais, o Calvário e o Juízo Final.
Neste túmulo salienta-se um dos faciais, que representa o Juízo Final. Pensa-se que D. Pedro, com a representação desta cena dramática, quis mostrar a todos que ele e Inês tinham um lugar no Paraíso e que quem os fizera sofrer tanto podia ter a certeza que iria entrar pela bocarra de Levitão representada no canto inferior direito do facial. Pode-se observar também a figura de Cristo entronizado, e a Virgem e os Apóstolos que à sua direita rezam. Em baixo estão representados os mortos que se levantam das suas sepulturas para serem julgados.




Túmulo de D. Pedro



D. Pedro I está representado também com a expressão tranquila, coroado e rodeado por anjos. Nas faces dos túmulos estão representadas: nos frontais, a Infância de S. Bartolomeu e o Martírio de S. Bartolomeu e, nos faciais, a Roda da Vida e a Roda da Fortuna e ainda a Boa Morte de D. Pedro.
Neste túmulo destaca-se o facial da cabeceira onde está representada a Roda da Vida e a Roda da Fortuna.
A Roda da Vida possui os momentos da vida amorosa e trágica de D. Pedro e de D. Inês: D. Inês acaricia um dos filhos; o casal convive com os três filhos; D. Inês e D. Pedro jogam xadrez; os dois amantes mostram-se em terno convívio; D. Inês subjuga uma figura prostrada no chão; D. Pedro sentado num grandioso trono; D. Inês apanhada de surpresa pelos assassinos enviados pelo rei D. Afonso IV; D. Inês desmascarando um dos seus assassinos; degolação de D. Inês; D. Inês já morta; castigo dos assassinos de Inês.
Na Roda da Fortuna observa-se: D. Inês sentada à esquerda de D. Pedro; D. Pedro e D. Inês sentados lado a lado parecendo um retrato oficial; D. Afonso IV a expulsar Inês do reino.

Outros autores que espuseram este tema!!

Ao longo do tempo, vários autores têm abordado este amor proibido, cada um de seu modo:
- Em 1516, Garcia de Resende com as Trovas à Morte de Inês de Castro;
- Entre o povo representou-se o teatro de cordel;
-Luís Vaz de Camões com Lusíadas;
- António Ferreira, em 1857, com a primeira tragédia clássica portuguesa;
- A obra de Bocage;
- Alexandre Herculano, Oliveira Martins e outros escritores da época do romantismo em Portugal;
- Agustina Bessa Luís, em 1986 escreveu Adivinhas de Pedro e Inês;
- Luís Rosa escreveu O Amor infinito de Pedro e Inês;
- João Aguiar escreveu Inês de Portugal.

Poema =)



As filhas do Mondego a morte escura

Longo tempo chorando memoraram,

E, por memória eterna, em fonte pura

As lágrimas choradas transformaram.

O nome lhe puseram, que inda dura,

Dos amores de Inês, que ali passaram.

Vede que fresca fonte rega as flores,

Que lágrimas são a água e o nome Amores!”
"Lusiadas" Luis de Camões

segunda-feira, 16 de março de 2009

O Amor Proibído de Inês e Pedro


Inês de Castro nasceu na Galiza, em 1320 e era filha de Pedro Fernandes de Castro e de Aldonça Lourenço de Valadares. Dona Inês era aia de D. Constança. Esta, casou com D. Pedro em 1339. Este casamento não foi por vontade própria, mas mediante o parecer dos respectivos pais. Deste modo, não tardou muito tempo que D. Pedro se apaixonasse por Inês. Este romance começou a ser comentado e mal aceite na corte e pelo próprio povo.
Sob o pretexto da moralidade, rei D. Afonso IV não aprovava esta relação. Sentindo-se ameaçados pelos irmãos Castro, os fidalgos da corte portuguesa pressionavam o rei D. Afonso IV para afastar esta influência do seu herdeiro. Assim, em 1344 o rei mandou exilar Inês no castelo de Albuquerque, na fronteira castelhana. No entanto, a distância não teria apagado o amor entre Pedro e Inês que, segundo a lenda, continuavam a corresponder-se com frequência.
Em Outubro do ano seguinte, Constança morreu ao dar à luz. Viúvo, Pedro mandou Inês regressar do exílio e os dois foram viver juntos em sua casa, o que provocou grande escândalo na corte, para enorme desgosto de El-Rei seu pai. Começou então uma desavença entre o rei e o infante.
D. Afonso IV tentou casar novamente o filho. Pedro rejeitou este casamento, e teve quatro filhos com Inês: Afonso em 1346, João em 1349, Dinis em 1354 e Beatriz em 1347.
Entretanto, morreu Afonso XI, e D. Pedro era muito pouco popular no reino de Castela (conhecido como o Cruel). Os irmãos de Inês sugeriram a Pedro que juntasse os reinos de Leão e Castela a Portugal. Em 1354, Pedro proclamou-se pretendente às coroas castelhana e leonesa. Foi novamente a intervenção de Afonso IV de Portugal que evitou que tal sucedesse.

Depois de alguns anos no norte de Portugal, Pedro e Inês tinham regressado a Coimbra, para o Paço de Santa Clara. Foi neste paço que esta rainha vivera os últimos anos. Corriam, nessa altura boatos de que estavam casados secretamente. Esta situação traria muitas implicações políticas. O rei D. Afonso IV decidiu que a melhor solução seria matar Inês.
A 7 de Janeiro de 1355, o rei cedeu às pressões dos seus conselheiros e do povo e, aproveitando a ausência de Pedro numa excursão de caça, enviou Pêro Coelho, Álvaro Gonçalves e Diogo Lopes Pacheco para matarem Inês de Castro em Santa Clara, em Coimbra a 7 de Janeiro de 1355. Segundo a lenda, as lágrimas derramadas no rio Mondego pela morte de Inês teriam criado a Fonte dos Amores da Quinta das Lágrimas, e algumas algas avermelhadas que ali crescem seriam o seu sangue derramado.
Datas marcantes:
8 de Abril de 1320: nasceu o príncipe D. Pedro, filho de D. Afonso IV, rei de Portugal.
1340: Inês de Castro, dama galega, vem para Portugal com D. Constança, noiva de D. Pedro.
1345: Nasce D. Fernando, filho de D. Constança e de D. Pedro.
1349: Morte de D. Constança.
7 de Janeiro de 1355: Nos paços de Santa Clara (Coimbra) Diogo Lopes Pacheco, Pedro Coelho e Álvaro Gonçalves degolam Inês de Castro; revolta de D. Pedro contra o pai.
1357: Morte de D. Afonso IV; D. Pedro sobe ao trono e manda executar os assassinos de Inês de Castro.
1361: Do Mosteiro de Santa Clara (Coimbra) para o Mosteiro de Alcobaça, D. Pedro I manda trasladar os restos mortais de Inês de Castro.
18 de Janeiro de 1367: Morre D. Pedro I, em Estremoz.
Sites consultados:

Mais amores proibídos:

1. HISTÓRIA

ROMEU E JULIETA

HERODES E LÍGIA

2. FILMES

PARA SEMPRE CINDERELA

O DIÁRIO DA NOSSA PAIXÃO

3. DESENHOS ANIMADOS

  • A PEQUENA SEREIA
  • A BELA E O MONSTRO
  • ROBIN DOS BOSQUES

Inês e Pedro: a verdadeira história

Estava Inês e Pedro no recanto de sua casa, quando Pedro se teve de ausentar para ir jogar poker com os seus amigos.
Apertou as mãos aos filhos e deu um abraço à sua mulher Inês, e pôs-se ao caminho.
Montou-se no seu cavalo cor de burro quando foge e iniciou a sua viagem. Inês estava muito feliz pois quando o marido não estava em casa podia ver a novela e o futebol sem que ele reclamasse. Assim sendo sentou-se frente à televisão, pediu aos filhos uma cerveja e ficou a ver a novela no sofá enquanto os seus filhos brincavam na floresta.
Quando a novela terminou, decidiu chamar os filhos para dentro de casa para jantarem pois o pai nunca mais chegava e já estavam todos com muita fome. Sentaram-se a mesa e comeram sopa de pedra, que nada tinha a mais senão pedras. Após o jantar ouviu-se alguém bater à porta: toc toc…
- Quem é? – Perguntou Inês.
- São os soldados do Rei – Responderam.
- Pedro não está cá, venham mais tarde! – Gritou Inês da cozinha
- Mas nós queremos falar contigo Inês…
Inês abriu a porta e os soldados agarraram-lhe os braços. Mas antes de estes chegarem à porta para a levarem, já Inês se tinha soltado e estava agora a agarrá-los pelos colarinhos da camisa ameaçando-os. Inês era campeã de boxe a nível Mundial e era perita em lutas com homens de qualquer tamanho.
Entretanto chegou o Rei, este que agarrou Inês, a levou para a fonte matando-a apenas com um puxão de cabelos. O seu sangue caiu na fonte e jamais se retirou de lá.
Pedro ao saber de tal acontecimento depressa ordenou que se castigassem os conselheiros do Rei e torturou-os com cócegas intermináveis.
Assim subiu ao trono e ordenou que se fizesse de Inês sua Rainha. Colocou-a no trono sentada e fez todos os conselheiros beijarem-lhe a mão. Depois foi então colocada num túmulo sagrado escondido e até hoje ninguém sabe onde se encontra pois o túmulo que se encontra no Mosteiro de Alcobaça não tem lá nada sem ser pequenas pedras. E onde está o verdadeiro túmulo de Inês perguntam vocês? Ninguém sabe.... Quem sabe se Inês não se tornou num zombie e ainda anda por aí nas ruas escuras chorando não ter ganho a luta com o REI??

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Vídeo sobre Pedro e Inês

Este vídeo reproduz não só algumas imagens da quinta das lágrimas, bem como imagens dos momentos mais marcantes da vida de Inês e Pedro.